quinta-feira, 10 de junho de 2010

O mercado é de quem empreende mais - Fonte: Jornal do Tocantins - TO

Maria Emília Jaber é diretora técnica do Sebrae-TO.
E-mail: mila.jaber@to.sebrae.com.br

O mundo dos negócios está cada vez mais agressivo e a disputa por este espaço é assustadora. As mudanças são rápidas e imprevisíveis. O que hoje é sucesso, amanhã estará relegado ao passado. A busca incessante por informação é a tônica dos tempos modernos. Diante deste cenário, os profissionais tiveram que assumir posturas diferenciadas. O empreendedorismo tornou-se uma característica essencial para o profissional do futuro. O empreendedor é aquele que tem habilidade para transformar uma situação trivial em uma oportunidade excepcional. Ele é visionário, sonhador, inovador e estrategista.

A Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2009) mostra que o Brasil ocupa a sexta posição no ranking dos países mais empreendedores do mundo, com taxa de 15,3%, o que equivale a 18,8% milhões de pessoas, sendo que esta população empreendedora concentra-se entre os jovens de 18 a 34 anos.Não é de hoje que as mulheres lutam por um espaço de destaque no mercado e, ao que tudo indica, este momento chegou. Esta Pesquisa também revelou que as mulheres brasileiras superaram os homens no mundo dos negócios. Dos 18,8 milhões de pessoas à frente de empreendimentos em estágio inicial ou com menos de 42 meses de existência no país, 53% são mulheres e 47%, homens. Esta é a primeira vez que a proporção de mulheres empreendendo por oportunidade supera a de homens na mesma condição.

Isto acontece porque as mulheres possuem características que são inerentes ao gênero e à sua personalidade favorecendo o espírito empreendedor. As mulheres geralmente são mais intuitivas, flexíveis, além de terem um relacionamento interpessoal melhor, nível de confiança maior e poder de comunicação mais eficaz. Todo este conjunto possibilita um leque de oportunidades para as mulheres que são donas do próprio negócio e para aquelas que buscam empreender na carreira profissional em uma grande empresa.

Por acreditar neste potencial feminino empreendedor, instituições têm incentivado a inserção da mulher no mercado de trabalho, levando capacitação técnica e conhecimento sobre gestão. Ainda existem barreiras a serem superadas e muitas delas foram vencidas porque as mulheres têm investido em formação de qualidade e encarado a profissão com seriedade. Independente do gênero sobrevive ao mercado quem tem competência profissional para atuar nele. Empreendedorismo e competitividade são características que podem ser aprendidas e colocadas em prática por homens e mulheres que desejam fazer a diferença e deixar a sua marca na história.