segunda-feira, 19 de julho de 2010

VOCÊ E SUAS ESCOLHAS

Crie um tempo para pensar em sua vida. Não fuja de si mesmo. A pessoa que precisa conhecer hoje é você, com sua alma, com suas reais preferências.




Como a maioria das decisões é tomada em momentos de rebeldia, seja na adolescência, seja no inconformismo assumido daqueles de mais de 40 anos, muitas vezes as pessoas definem aquilo que não querem, mas não têm claro o que preferem da vida. Não querem, por exemplo, um trabalho que exija viagens ou detestam mexer com números ou ainda não gostam de lidar com gente o dia inteiro.

Mas eliminar opções não significa que você encontrou alguma. Além de saber o que não preferimos, temos de definir aquilo que preferimos: a nossa vocação.

Como você vai se sentir melhor no jogo da vida: sendo um goleiro, um defensor ou um atacante? Querer transformar um artilheiro em goleiro será um problema para o jogador, para o time e para toda a torcida! A pessoa tem de estar onde se sente melhor e onde seus talentos podem ser usados plenamente. Isso não significa que o atacante não possa ajudar a defesa nem que o defensor não ajude o ataque, mas o importante é que cada um siga e desenvolva a sua verdadeira vocação.

Para encontrar a sua vocação é preciso controlar a ansiedade e aprender a conhecer melhor a si mesmo. Na maior parte das vezes, quando oriento algum executivo ou empresário numa fase em que precisa redefinir suas prioridades de vida, percebo que mal começo a responder a uma pergunta e ele já está levantando outra questão. Nesse tipo de busca, escutar é algo importantíssimo para descobrir nossa real vocação, especialmente quando essa voz de fora consegue despertar a voz interior.

Reservar alguns momentos para ficar em silêncio é fundamental para avaliar a própria vida e encontrar novos rumos. Gilberto Gil canta numa de suas canções: "Se eu quiser falar com Deus, tenho que ficar a sós". Ele sabe que é preciso estar consigo mesmo para ouvir o Deus que existe em nosso interior. Devemos procurar um lugar silencioso, uma praia, talvez uma montanha, mas também pode ser o nosso quarto, longe de revistas, livros, televisão, computador, e ficar sentados ou caminhar para escutar essa voz interior, geralmente abafada pelas preocupações e correrias cotidianas.

Você é o único que pode criar esse tempo para pensar em sua vida. Não fuja de si mesmo. O grande encontro é com você. A pessoa que precisa conhecer hoje é você, com sua alma, com suas reais preferências.

Se conseguir vencer a tentação de fugir, terá a chance de se encontrar consigo mesmo. É um encontro solitário. Nesse silêncio interior começam a aparecer alguns arrependimentos, algumas lembranças do passado, e isso é ótimo! Você já está de novo no seu caminho. É hora de quitar algumas dívidas consigo mesmo e perceber que ainda há muito por fazer. Chegou o momento de ter uma conversa especial com a própria consciência. E aí... Muita sinceridade, e boa sorte!

Se você já consegue se escutar, faça agora algumas reflexões. Que tal conhecer melhor suas idéias acerca do futuro? Vale a pena visitar seus sonhos de adolescência. O que faltou para realizá-los? Será que eles ainda estão vivos dentro de você? O que gostaria de fazer de verdade na vida? Analise esses desejos independentemente das chances de torná-los realidade.

Na busca da vocação é bom também conversar com outras pessoas, mas dê prioridade sempre para ouvir a sua consciência. E não queira tomar decisões com muita rapidez. Deixe a decisão amadurecer. Não adianta, por exemplo, entrar precipitadamente numa faculdade para se arrepender dois meses depois. Há sempre um intervalo entre a conversa íntima e a tomada de decisão. É claro que podemos sentir angústias nesse meio-tempo. Por isso, paciência é fundamental. E, quando fizer a sua escolha, saiba que é somente o princípio de uma longa caminhada.

PRESTE ATENÇÃO ÀS SUAS CRENÇAS

Os preconceitos complicam muito a vida das pessoas. Em vez de buscar resultados, elas acabam envolvidas em provar que seus pontos de vista são verdadeiros.





A tendência das pessoas é querer mostrar que sempre estão certas. E nessa batalha, esquecem que a maior missão nessa viagem pelo planeta é ser feliz e criar oportunidade para que os outros também sejam. E isso também se aplica à vida profissional, é lógico!

Os preconceitos complicam muito a vida das pessoas. Em vez de buscar resultados, elas acabam envolvidas em provar que seus pontos de vista são verdadeiros:

“As mulheres são menos inteligentes”.
“Os negros não são trabalhadores”.
“Os homossexuais não são comprometidos”.

Ser preconceituoso é uma atitude de fracassado, pois a pessoa, em vez de olhar para sua meta, procura formas de diminuir os outros. Para piorar as coisas, a pessoa que tem preconceitos contra os outros acaba criando preconceitos contra si própria. O pior preconceito de todos ocorre quando a pessoa se coloca em situação limitante:

“Ah, se eu fosse homem!”
“Ah, se eu fosse mais alto!”
“Ah, se eu fosse mais jovem!”

A idade é um exemplo marcante de quanto é limitador o preconceito contra si mesmo. Se a pessoa se acha derrotada, vai continuar perdendo todas as batalhas que terá pela frente. Não tem jeito. Aquele que na juventude foi um preconceituoso fervoroso contra idosos é hoje, ao atingir 50 anos, um ferrenho preconceituoso contra ele mesmo.

É lógico que não são somente os preconceituosos que chegam a certa idade e já se rotulam como velhos. Esse é um problema de muitas pessoas. Elas fixam a idéia de que já é muito tarde para investir energia numa vida nova. Nem sequer atualizam suas idéias observando o que acontece ao seu redor.

No início do século passado, a expectativa de vida do brasileiro era de 33 anos, ou seja, na época alguém com 40 anos já era velho, havia vivido muito. Hoje ainda existem pessoas que aos 50 anos já se consideram velhas, sem se dar conta de que atualmente morre cedo quem não chega aos 70.

Com os novos avanços da ciência, a média de vida em pouco tempo chegará facilmente aos 100 anos! Isso significa que alguém com 50 anos, prestes a se aposentar, só viveu metade da vida. É muito tempo para ficar esperando a morte! Sempre é o momento de aproveitar a maior oportunidade que o ser humano tem: viver a vida. Só que envolvidos na batalha de provar que estamos certos e que nossas crenças procedem, esquecemos que a maior missão nessa viagem pelo planeta é ser feliz e criar oportunidade para que os outros também sejam

Independentemente da idade, escolha uma profissão, entre na faculdade, arrume um emprego. Faça melhor ainda: se os filhos estão criados e você já ganhou algum dinheiro, adote um novo estilo de vida. É importante viver sempre a nossa realidade, e não o falso mundo dos preconceitos.

Se alguém é competente sendo jovem, ótimo.

Se alguém é alegre sendo velho (ou seja, perto dos 100 anos), sensacional! Não se considere velho demais para ser feliz nem para mudar alguma coisa em sua vida. Lembre-se: antes tarde do que mais tarde.

PRA QUE SERVE UM RELACIONAMENTO?

As pessoas estão esquecendo que um relacionamento que realmente nos completa, satisfaz e amplia a nossa dimensão de seres humanos precisa ir muito além dos contatos superficiais de hoje em dia.



Mais do que nunca, as pessoas estão morrendo de medo de ser abandonadas. De dizer “eu te amo” e não ser correspondidas. E, por isso, continuam abandonando, com medo de ser abandonadas. Dizem não, com medo de ouvi-lo.

O medo da rejeição nos impede de abrir nosso coração profundamente para os outros, pois não queremos nos sentir vulneráveis ou fragilizados. Para não ter de enfrentar esse medo, as pessoas não estão se relacionando em profundidade. Pelo contrário, buscam criar relacionamentos superficiais.

Nos relacionamentos atuais, principalmente entre os mais jovens, predomina a postura de “ficar” com alguém. Às vezes, “fica-se” com mais de uma pessoa no mesmo dia.

Muitas pessoas abandonaram a busca por uma relação mais amorosa, mais comprometida, satisfazendo-se com uma companhia de poucas horas. Um simples passatempo. Assim, no dia seguinte, pode-se ficar com outra pessoa, no outro dia com mais outra e assim por diante. Sem que qualquer relação se solidifique.

Existe até a prática de contabilizar quem beijou mais em uma festa ou em um evento qualquer. Beijam-se pessoas desconhecidas pelo simples ato de beijar, como se bebe água quando se está com sede. O beijo, nessas circunstâncias, deixou de ser a expressão de um sentimento afetivo de aproximação entre duas pessoas, deixou de ser uma entrega, deixou de ser um momento mágico, deixou de ser uma partícula de ligação e entrou no menu da rotina.

No amor, para muitas pessoas, a quantidade se tornou mais importante do que a qualidade... Na verdade, poucas pessoas perceberam que qualidade num relacionamento significa mergulhar em profundidade.

Nesse tipo de relacionamento superficial, não há tempo para conhecer o outro. E sem conhecimento, o amor não se desenvolve. Torna-se quase impossível estabelecer uma base sólida para a relação. (Trecho do meu livro “Amar Pode Dar Certo”).


As pessoas estão esquecendo que um relacionamento que realmente nos completa, satisfaz e amplia a nossa dimensão de seres humanos precisa ir muito além disso.

Um relacionamento precisa ser construído sobre o amor, embalado pela cooperação, alimentado pelo respeito, forjado com confiança. Precisa ter aconchego, cumplicidade e doação. Precisamos saber dividir com o outro o nosso cobertor, nas noites frias, mesmo que para cobrir a orelhe dele precisemos descobrir nossos pés – e ficar feliz por estar dando ao outro o melhor de nós.

É preciso aprender a deixar de ver um relacionamento como uma armadilha, de onde não teremos saída, para descobrir nele a chave da nossa liberdade e da liberdade do outro. E isso só pode ser conseguido quando aprendemos a confiar mais.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Recomeçar

Não importa onde você parou,em que momento da vida você cansou,o que importa é que sempre é possível e necessário "Recomeçar"
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo,é renovar as esperanças na vida e o mais importante,acreditar em você de novo.

"Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura."

"... Sou como você me vê...
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar ... ''

As Riquezas Envolvem Você

A Bíblia diz: ... "A terra está cheia de begnidade do Senhor" (Salmos 33:5). Há riquezas à sua volta simplesmente porque a Presença Divina, embora invisível, é onipresente ou está presente em toda parte.

É como o ar que nos envolve, do qual nunca há falta. Cada homem pode respirar a quantidade que desejar e sempre há, ainda, um suprimento enterminável de ar. Você pode assemelhar essa Presença ao oceano, do qual se pode retirar um dedal ou um garrafão cheio de água sem que ele se altere. Essa Presença é a vida infinita, apartada da qual não existe vida; é também substância infinita, do mesmo modo que seus pensamentos e sentimentos são a substância existente em tudo que você é, faz e possui. Sua consciente reconciliação com essa Presença supera todo o senso de privação ou carência, pois Ela está prenhe de substância, a fonte viva da qual fluem todas as benesses e que supre todas as coisas que existem.

Há bastante de tudo, assim como também abundância de oportunidades para o homem que vive em sintonia com o Ser Infinito e que pensa em termos elevados. Ele terá uma resposta daquela Presença e, em conseqüência, dará significado a toda sorte de bem em sua vizinhança. O prazer do Senhor consiste em proporcionar-lhe o reino da saúde, da felicidade, da paz, da alegria e da abundância em coisas materiais.

Comece agora a compreender claramente que o poder criador existente em seu íntimo é ilimitado; não há portanto qualquer razão para limitar a amplitude do gozo e da experiência daquilo que você pode criar através desse poder. Você está sempre se abastecendo na Fonte Infinita e não precisa jamais se preocupar em não tirar mais do que lhe compete, pois a Fonte Infinita é inesgotável e eterna, ontem, hoje e sempre.

A maior tolice do homem é não ter idéia das verdadeiras riquezas existentes em seu íntimo e considerar as condições, produtos e bens exteriores como as verdadeiras riquezas ao invés do poder criador da sua própria mente.

Lembre-se de que não há limite para retirar aquilo de que necessita desse depósito infinito. Sua verdadeira riqueza consiste em identificar-se com a fonte da opulência e das grandes riquezas. Pense em opulência, isto é, em grandes coisas, pense generosa e liberalmente e terá benesses fluindo para você de todas as direções, tais como dinheiro e inúmeras outras coisas, todas representando diferentes formas de riqueza.

A Onipotência está em seu próprio íntimo; você dispõe, portanto, de poder suficiente. O homem que adquire consciência das riquezas infinitas de Deus, existentes em seu íntimo, dispõe de paz infinita, de alegria sem limites e de harmonia absoluta, além de um número também infinito de idéias de sucesso, expansão, melhoria, progresso e criatividade de todos os tipos e variedades intermináveis. "Todas as coisas ficam prontas quando a mente também o está".

A Prisão de Cada Um

O psiquiatra Paulo Rebelato, em entrevista para a revista gaúcha Red 32, disse que o máximo de liberdade que o ser humano pode aspirar é escolher a prisão na qual quer viver.

Pode-se aceitar esta verdade com pessimismo ou otimismo, mas é impossível refutá-la.

A liberdade é uma abstração.

Liberdade não é uma calça velha, azul e desbotada, e sim, nudez total, nenhum comportamento para vestir. No entanto, a sociedade não nos deixa sair à rua sem um crachá de identificação pendurado no pescoço.

Diga-me qual é a sua tribo e eu lhe direi qual é a sua clausura.

São cativeiros bem mais agradáveis do que Carandiru (ex-presídio brasileiro de péssimas condições). Para pegar sol, ler livros, receber amigos, comer bons pratos, ouvir música, ou seja, uma cadeia à moda Luis Estevão (parlamentar preso em cela especial), temos que advogar em causa própria e habeas corpus, nem pensar.

O casamento pode ser uma prisão. E a maternidade, a pena máxima ...

Um emprego que rende um gordo salário trancafia você, o impede de chutar o balde e arriscar novos vôos. O mesmo se pode dizer de um cargo de chefia. Tudo que lhe dá segurança, ao mesmo tempo o escraviza.

Viver sem laços igualmente pode nos reter.

Uma vida mundana, sem dependentes para sustentar, o céu como limite: prisão também.

Você se condena a passar o resto da vida sem experimentar a delícia de uma vida amorosa estável, o conforto de um endereço certo e a imortalidade alcançada através de um filho.

Se nem a estabilidade e a instabilidade nos tornam livres, aceitemos que poder escolher a própria prisão já é, em si, uma vitória.

Nós é que decidimos quando seremos capturados, para onde seremos levados. É uma opção consciente. Não nos obrigaram a nada, não nos trancafiaram num sanatório ou num presídio real, entre quatro paredes.

Nosso crime é estar vivo e nossa sentença é branda, visto que outros, ao cometerem o mesmo crime que nós - nascer - foram trancafiados em lugares chamados analfabetismo, miséria, exclusão..

Brindemos: temos todos cela especial!

Martha Medeiros

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Há flores que crescem no esterco. Ou entre duas telhas, com as raízes aconchegadas entre meia dúzia de grãos de terra que o vento arrastou. E talvez sejam mais verdadeiramente belas do que as outras, que alguém colocou num grande jardim e regou abundantemente durante o estio até que se cobrissem de cores e aromas.
Com os homens acontece algo de muito semelhante. Quando parecem existir todas as condições para que um homem se desenvolva harmoniosamente, cheio de virtudes e qualidades, sucede frequentemente que esse homem se torna mole e falso. E que a sua beleza – descobrimos isso mais cedo ou mais tarde – acaba por não passar de aparência.
(Paulo Geraldo)

Por meio dele, tornamo-nos mais sábios do que nos sabemos

O amor é alimentado pela imaginação e, por meio dele, tornamo-nos mais sábios do que nos sabemos, melhores do que nos sentimos, mais nobres do que somos; por meio dele podemos ver a Vida como um todo; por meio dele e apenas por meio dele, somos capazes de compreender os outros nas suas relações reais e ideais.
(Oscar Wilde, in De Profundis)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Voltando-se para dentro Fonte: Personare

Movimento. Está aí uma palavra-chave para entender os processos da vida. Movimentar a mente e o espírito é tão importante quanto mexer o corpo. Desafiar a chamada zona de conforto pode trazer um certo medo no início, mas é um bom jeito de explorar potencialidades e crescer. Viajar, ir ao cinema sozinha, revelar o seu amor por alguém. Viver, simplesmente. Trabalhar mais o "dentro" do que o "fora". Estamos todos - e principalmente nós, mulheres - voltados muito para fora, para a casca, nesses últimos tempos. Certamente, por causa disso, estamos entre as que mais recorrem à cirurgia plástica no mundo todo, além de também liderarmos o ranking das que mais consomem remédios para emagrecer no planeta. São índices que nos envergonham, porque evidenciam a insegurança, o constrangimento, a culpa, a futilidade e a baixa estima dessa fatia de mulheres que só buscam se encaixar no "padrão".


Precisamos passar para nossas filhas, amigas, irmãs e desconhecidas a valiosa mensagem de que somos, sim, livres, inteiras e lindas como somos. Não precisamos nos desfigurar em plásticas, exagerar no Botox nem arriscar a vida em lipos cada vez mais mortais. Depois de tanta luta por direitos, por espaço e voz, que foram merecidamente conquistados entre os anos 60 e 80, é patético ver o "feminino" se transformar em um padrão fixo, rígido e infeliz. Precisamos ser amigas de nosso corpo, não juízas implacáveis da aparência. "Precisamos ser amigas de nosso corpo, não juízas implacáveis da aparência. " Não podemos mais ter culpa e vergonha por não nos encaixarmos nos tamanhos 38 ou 40. Precisamos passar para nossas filhas a mensagem de que vale a pena viver- de forma mais livre e íntegra, e gostando do próprio corpo do jeito que ele é. Da altura, do nariz, da cor de pele, do tipo de cabelo. Assim que a menina começa a crescer, ela se descobre como um ser feminino, e seu modelo mais direto é a mãe. Se ela recebe afeto e sente que é admirada e valorizada, tenderá a gostar de si mesma e aceitar seu corpo como é.


Como já disse o filósofo francês Michel de Montaigne, no século 16: "A pior desgraça para nós é desdenhar aquilo que somos".